quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Medicamentos falsificados comercializados na internet chegam a 50% segundo a OMS

Combate ao contrabando e falsificação de medicamentos é tema de palestra no Congresso Brasileiro de Farmácia Hospitalar, dia 26, sábado
          O contrabando e, principalmente, a falsificação de medicamentos são problemas graves e recorrentes, que ainda estão em pauta pelas autoridades e profissionais da área. Por isso, no dia 26 de novembro, das 16h30 às 17h30, a farmacêutica Elaine Lazzaroni, apresentará a palestra Combate ao Contrabando e Falsificações de Medicamentos, durante o VIII Congresso Brasileiro de Farmácia Hospitalar, que será realizado entre os dias 24 e 26 de novembro, no Bahia Othon Palace, em Salvador.
        Alguns casos muito conhecidos como a venda de Androcur falso, remédio para tratamento de câncer de próstata, em 1998, assustou a população quando foi divulgado que um paciente havia morrido por inefetividade do medicamento. O mais recente foi ano passado quando um Avastin falso causou infecções e reações alérgicas oculares em 61 dos 116 pacientes chineses que usaram o remédio para tratamento de câncer. 
Estratégias de prevenção
       Especialista em gerenciamento de recursos materiais, Elaine Lazzaroni, alerta quanto às estratégias de prevenção, destacando dois grandes atores neste processo: o Governo, com ações nacionais através da publicação de normas de controle nas etapas de fabricação/distribuição/transporte para garantia da origem segura do medicamento, incluindo a Internet onde a falsificação corresponde a cerca de 50% dos medicamentos comercializados na rede, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
      Também é missão do Governo, ações como a publicação de normas para as embalagens a fim de garantir a identificação do produto (tinta reativa e o lacre de segurança e, mais recentemente, mas ainda não iniciado, o selo holográfico e o código datamatrix com o Identificador Único de Medicamento (IUM) para cada produto) são garantias de proteção para a falsificação. Ações internacionais também são efetivas, como a adoção de conceitos e planos de combate propostos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), resoluções para o Mercosul e a participação em fóruns para harmonização da regulamentação farmacêutica da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Além, obviamente, das ações coordenadas de polícias e vigilância sanitária para apreensões de produtos e prisões dos envolvidos.
        Outro ator importante é o profissional de saúde, mais especificamente o farmacêutico. “Com seu conhecimento técnico, o profissional pode atuar na qualificação de fornecedores e dos produtos oferecidos na etapa logística de aquisição de medicamentos nos estabelecimentos de saúde, vigiando o mercado farmacêutico e exigindo que fornecedores atestem, documentalmente, não só a sua regularidade sanitária como também dos produtos que oferecem”, explicou a especialista Eliane Lazzaroni.
Legislação brasileira
          A legislação sanitária brasileira oferece ao farmacêutico uma série de ferramentas legais que podem se tornar critérios de escolha na prática diária, ajudando a “separar o joio do trigo” existente no mercado, transformando o farmacêutico em importante vigilante em saúde.
         A palestrante citará também as ações de farmacovigilância, através da investigação dos relatos de alteração nos produtos ou de ineficácia dos mesmos advinda de outros profissionais e também dos próprios pacientes. Estes últimos devem ser alertados para o perigo iminente, orientados quanto aos cuidados de aquisição e também atuarem ativamente nesta vigilância do mercado farmacêutico.
         Várias resoluções têm sido publicadas pelo Governo, vários fóruns de discussão têm sido realizados e a estratégia de qualificação de fornecedores na prática diária tem sido amplamente divulgada em eventos profissionais, tais como o Congresso Brasileiro de Farmácia Hospitalar realizado pela SBRAFH (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços). “Se cada um fizer a sua parte e assumir a sua responsabilidade sanitária nesse processo, ficará cada vez mais difícil disseminar estes produtos em um mercado que se tornar extremamente regulado por governos, profissionais e cidadãos”, concluiu Elaine Lazzaroni.

Mais informações para a imprensa com a assessora Driely Lago, na Lume Comunicação – tel: 71-3341-8922 , ou pelo celular 71-8627-3373 – driely@lumecomunicacao.com.brwww.lumecomunicacao.com.br
Jornalista responsável-  Cristina Barude – Mtb 1284

Fonte:  http://www.tosabendo.com/conteudo/noticia-ver.asp?id=175391

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