terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dona de farmácia é presa por vender medicamentos proibidos no Brasil

POR VALQUÍRIA FERREIRA


Tatiana de Araújo Gonçalves, de 28 anos, foi presa acusada de vender remédios controlados sem receita médica e por comercializar produtos com a venda proibida no Brasil. Ela é proprietária da Farmácia Menor Preço, situada na Praça João Lisboa, n° 102 A – Centro.

No local, a Vigilância Sanitária Estadual encontrou nove caixas de papelão com centenas de caixas de medicamentos de uso controlado, sendo que alguns têm a venda proibida no território brasileiro. Além disso, foi apreendida a quantia de R$ 4.115 em espécie. Os produtos apreendidos não possuem nota fiscal e não têm a autorização da Vigilância Sanitária.
Foto: G. Ferreira/Reprodução
Tatiana Araújo foi presa por vender remédios proibidos

A mulher presa foi encaminhada ao prédio do Departamento Estadual de Combate a Narcóticos (Denarc), na Beira-Mar, onde foi ouvida pela delegada Wanda Moura Leite. Depois autuada em flagrante por tráfico de drogas e por crime contra a saúde pública.

Segundo o delegado Cláudio Mendes, titular do Denarc, o farmacêutico da Farmácia Menor Preço vai ser chamado para depor e pode ser indiciado pelos mesmos crimes. Durante a abordagem policial, o homem conseguiu fugir.

Fonte: Jornal Pequeno

Farmacêuticas juntam-se para combater doenças tropicais negligenciadas

As maiores farmacêuticas do mundo juntaram-se a organizações de saúde, fundações e estados para combater dez Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN) que afectam 1400 milhões de pessoas. Até 2020 estas farmacêuticas vão dar 14 mil milhões de doses de medicamentos para o tratamento destes problemas, esperando que, por essa altura, as doenças estejam erradicadas ou controladas.

A parceria prometeu mais de 598 milhões de euros para a investigação de medicamentos para problemas sanitários como a doença do verme da Guiné, a doença do sono ou a lepra. Algumas das dez doenças não matam mas deixam os doentes cegos ou incapacitados.

“Com este impulso, estou confiante que quase todas estas doenças vão ser eliminadas ou controladas por volta do fim da década”, disse Margaret Chan, em comunicado, directora da Organização Mundial de Saúde.

O encontro, chamado de “União pelo Combate às Doenças Tropicais Negligenciadas” aconteceu nesta segunda-feira em Londres. Treze farmacêuticas estão envolvidas: Abbott Laboratories, AstraZeneca, Bayer, Bristol-Myers Squibb, Eisai, Gilead Sciences Inc, GlaxoSmithKline, Johnson & Johnson, Merck KgaA, Merck & Co., Novartis, Pfizer e Sanofi.

A Fundação Bill e Melinda Gates deu o maior donativo para o programa de 276,6 milhões de euros ao longo de cinco anos. O Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido deu 232,45 milhões de euros e a Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos deu 67,83 milhões de euros, além de já ter investido 161,55 milhões de euros desde 2006.

“Hoje juntámo-nos para aumentar o impacto do nosso investimento e continuar o tremendo progresso feito até à data”, disse Bill Gates, num comunicado.

Estima-se que 500 milhões de crianças sofram com estas doenças. Muitas acontecem em locais de difícil acesso da África subsariana, do Sudeste asiático ou da América Latina. A iniciativa Drogas para as Doenças Negligenciadas aplaudiu a iniciativa ao mesmo tempo que pediu para que se apostasse na investigação e desenvolvimento de novas drogas.

“Para algumas das DTNs, especialmente aquelas com um rácio maior de morte como a doença do sono, a doença de Chagas, a leishmaniose, o controlo ou a erradicação destas doenças só vai ser alcançável com um maior compromisso à Investigação e Desenvolvimento”, disse Bernard Pécoul, director-executivo da iniciativa. “Novas drogas e novos diagnósticos são necessários com urgência para melhorar o tratamento de doentes, responder aos desafios da resistência aos químicos, e aumentar as hipóteses de se obter a eliminação das doenças”.

Neste sentido, as farmacêuticas prometeram ainda disponibilizar os dados de investigação que já têm para promover a descoberta e produção de novos medicamentos.

A lista de doenças reúne o tracoma, uma doença bacteriana que causa cegueira, a lepra, que afecta 213.000 pessoas em 17 países, a doença de Chagas, endémica na América Latina, a doença do sono, a leishmaniose, o verme da Guiné, a elefantíase, a cegueira dos rios, a bilharzíase e a framboesia. A maioria destas doenças são causadas por parasitas.

fonte: site Público.pt

Anvisa abre consulta pública sobre rotulagem de medicamentos

Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) abriu consulta pública hoje (31) para que sejam apresentadas críticas e sugestões à proposta de resolução que estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. A resolução está publicada no Diário Oficial da União.

A Anvisa quer rever a norma referente à rotulagem de medicamentos e propõe, entre outros pontos, mais flexibilização para os dizeres legais contidos nas embalagens dos produtos. A proposta de resolução está disponível na íntegra na página da Anvisa na internet.

As sugestões podem ainda ser encaminhadas por escrito, em formulário próprio, para um dos seguintes endereços: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência Geral de Medicamentos, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP: 71.205-050; ou para o Fax: (61) 3462-5563; ou para o e-mail: cp12.2012@anvisa.gov.br.

Terminado o prazo, a Anvisa vai negociar com os órgãos e entidades envolvidos para que indiquem representantes nas discussões posteriores a fim de consolidar o texto final.

A documentação da Consulta Pública e o formulário para envio de contribuições permanecerão à disposição dos interessados no endereço http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/index.htm.

fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ato Médico está entre as matérias polêmicas na agenda do Senado deste ano

A matéria (SCD 268/2002) é uma antiga reivindicação dos médicos, que reclamam maior clareza na delimitação legal de seu campo de atuação.

[Foto]
Proposta que trata do exercício da Medicina e determina atividades privativas dos médicos - chamado de projeto do Ato Médico - está entre as matérias polêmicas na agenda do Senado neste ano. O texto tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o relatório do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), já lido, deve ser votado na retomada dos trabalhos legislativos, em fevereiro.

A matéria (SCD 268/2002) é uma antiga reivindicação dos médicos, que reclamam maior clareza na delimitação legal de seu campo de atuação. Mas a categoria enfrenta críticas de todos os outros profissionais que atuam na área da saúde, os quais temem o esvaziamento de suas funções e a formação de uma reserva de mercado para os médicos.

Os críticos argumentam que a proposta estabelece como exclusivas de médicos atribuições já asseguradas a outras categorias. O texto determina, por exemplo, que cabe exclusivamente aos médicos o diagnóstico de doenças, mas outras categorias, como psicólogos e nutricionistas, reivindicam o direito de também atestar as condições de saúde de uma pessoa, que engloba aspectos psicológicos e nutricionais.
[Relator do projeto de lei do ato médico, o senador Antonio Carlos Valadares, apresenta relatório na Comissão de Constituição e Justiça - Foto: José Cruz / Agência Senado]
Também tem sido criticada a norma que define como privativa do médico a execução de procedimentos invasivos, que incluem a "invasão da pele".

 Acupunturistas, por exemplo, temem que a interpretação do conceito de procedimento invasivo possa restringir sua atuação profissional.

Ainda entre os aspectos polêmicos está a determinação de que apenas médicos podem chefiar de serviços de saúde. Para as demais categorias, a norma é um retrocesso em relação às diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de atendimento universal, igualitário e integral, realizado por equipes multiprofissionais.

Conflito já dura dez anos
Apresentado em 2002 pelo ex-senador Benício Sampaio, o projeto foi aprovado no Senado em 2006, na forma de substitutivo Substitutivo é quando o relator de determinada proposta introduz mudanças a ponto de alterá-la integralmente, o Regimento Interno do Senado chama este novo texto de "substitutivo". Quando é aprovado, o substitutivo precisa passar por "turno suplementar", isto é, uma nova votação. da relatora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Após três anos de tramitação na Câmara, a proposição foi aprovada com diversas modificações e voltou ao Senado, em outubro de 2009, para manifestação dos senadores sobre as mudanças sugeridas pelos deputados.

[Foto: Ana Volpe / Arquivo Senado]
O projeto tramita agora na CCJ, mas ainda vai passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir ao Plenário. No final de dezembro, Antônio Carlos Valadares apresentou seu relatório na CCJ, mas pedido de vistaPedido de vista é a solicitação feita por senador, ou por um grupo de senadores, para examinar melhor determinado projeto, adiando, portanto, sua votação. Quem concede a vista individual ou coletiva é o presidente da comissão onde a matéria está sendo examinada, por prazo improrrogável de até cinco dias. Caso a matéria tramite em regime de urgência, a vista concedida é de 24 horas, mas pode ser somente de meia hora se o projeto examinado envolve perigo para a segurança nacional. coletivo adiou a votação da matéria.

Em seu voto, Valadares afirma ter modificado o projeto para atender da melhor maneira possível todas as categorias que atuam na área da saúde (veja quadro comparativo entre as versões do texto).

Para ele, a definição de requisitos legais para o exercício da Medicina é essencial para evitar a atuação de pessoas inescrupulosas. De outro lado, ele pondera que uma nova lei não pode avançar sobre o que já está regulamentado para as demais profissões.

Pontos polêmicos
Desde o início da tramitação do projeto, pelo menos cinco aspectos do texto têm gerado reações das categorias que atuam no setor, que temem prejuízos em sua atuação profissional caso o projeto seja transformado em lei:
[Foto: Geraldo Magela / Agência Senado]
Diagnósticos de doenças: no relatório em exame na CCJ, Valadares mantém como privativa dos médicos a formulação de diagnóstico nosológico (para determinar a doença que acomete o paciente), mas retira essa exclusividade para "diagnósticos funcional e cinésio-funcional [que avalia funções de órgãos e sistemas do corpo humano], psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mentais, sensorial e perceptocognitivas".

Os deputados haviam mantido como exclusivo do médico o diagnóstico funcional, sob argumento, por exemplo, de que no pós-operatório de cirurgias ortopédicas, é atribuição do cirurgião avaliar a função do membro ou órgão operado. A restrição, no entanto, desagradou fisioterapeutas e fonoaudiólogos, profissionais responsáveis por avaliar a capacidade do paciente de, entre outros, realizar movimentos como subir escada, escovar os dentes, articular sons ou levar a comida à boca.
Em seu voto, Valadares retirou a exclusividade para esses diagnósticos funcionais, mas manteve como atribuição reservada aos médicos a prescrição de cuidados pré e pós-operatórios.

Assistência ventilatória mecânica ao paciente: o texto aprovado em 2006 no Senado previa como exclusiva dos médicos a "definição da estratégia ventilatória inicial" e a "supervisão do programa de interrupção da ventilação" - procedimento de intubação do paciente acoplada a equipamento que bombeia ar aos pulmões. A norma foi questionada pelos fisioterapeutas, profissionais também envolvidos no atendimento a pacientes com dificuldade respiratória, especialmente nas unidades de terapia intensiva (UTI). Conforme emenda da Câmara acolhida por Valadares, caberá exclusivamente aos médicos a "coordenação da estratégia ventilatória inicial e do programa de interrupção da ventilação mecânica". Com a mudança, fica assegurada a participação de fisioterapeutas na estratégia de ventilação mecânica.

[Foto: José Cruz / Agência Senado]
Biópsias e citologia: Valadares rejeitou mudança da Câmara que limitava aos médicos a emissão dos diagnósticos de anatomia patológica e de citopatologia, que visam identificar doenças pelo estudo de parte de órgão ou tecido. A emenda dos deputados foi criticada por biomédicos e farmacêuticos, sob a alegação de que restringia sua liberdade de atuação.

Em debate no Senado, representantes dessas categorias afirmaram que a análise citopatológica (para estudo, por exemplo, de células para a identificação de câncer) representa uma "interpretação" do material colhido e não um "diagnóstico médico".

Valadares retirou a restrição para emissão desse tipo de diagnóstico, mas manteve como tarefa restrita aos médicos a "emissão de laudos de exames endoscópicos e de imagem, dos procedimentos diagnósticos invasivos e dos exames anatomopatológicos". A anatomopatologia é o estudo das partes do organismo alteradas por processos patológicos.

Procedimentos invasivos: o projeto em análise prevê como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de "procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, biópsias e endoscopia". Pelo texto, tais procedimentos incluem, entre outros, "invasão da epiderme e derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos" e a "invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo da pele para injeção". A norma motivou reação de acupunturistas e até mesmo de tatuadores, que temem enfrentar restrição em seu campo de atuação por conta da interpretação de conceito de procedimento invasivo.

Valadares manteve a norma em seu relatório, mas retirou da lista de atribuições exclusivas dos médicos a "aplicação de injeções subcutâneas, intradérmica, intramusculares e intravenosas", apesar de a recomendação de medicamentos a serem aplicados por injeção continuar sendo uma prerrogativa médica.

Direção e chefia: pelo texto em análise, apenas médicos podem ocupar cargos de direção e chefia de serviços médicos. As demais categorias que atuam no setor consideram a norma um desrespeito aos outros profissionais que atuam em ambulatórios, centros de saúde, centros de atenção psicossocial e nos núcleos de apoio à saúde da família. Eles argumentam que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, não havendo justificativa para que apenas uma categoria tenha a prerrogativa de direção e chefia na unidade de saúde.



Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

Fonte: Tudo Rondônia
 
 

Mesmo proibidos, remédios para emagrecer são vendidos no RS

Comercialização dos medicamentos foi proibida em outubro de 2011.
Vendas ocorrem livremente pela internet e por telefone em Porto Alegre.




 Apesar de a venda de medicamentos para emagrecer estar proibida no Brasil desde outubro de 2011, os inibidores de apetite são negociados livremente por ambulantes no centro de Porto Alegre e por telefone. As substâncias, importadas do Uruguai, também são oferecidas em sites e até em redes sociais. Em fóruns, os consumidores encontram listas e preços dos medicamentos oferecidos.

Em contato por telefone com um dos vendedores, ele garantiu que entrega os emagrecedores em qualquer parte do país pelo correio sem enfrentar problema algum. "Eu mando direto para o Sul, para Minas, para o Brasil todo. Até agora não deu problema. Nenhuma encomenda minha travou", garantiu o homem à reportagem da RBS TV.

saiba mais

Alertada pela reportagem, a Anvisa reforça que a utilização dos emagrecedores é ilícita e representa risco para a saúde. "Estamos falando de um caso de polícia. A gente tem de alertar a população que é um risco para a saúde", diz Maria Eugênia Cury, chefe do Núcleo de Notificação e Investigação da Anvisa.

No centro de Porto Alegre, os vendedores fazem desconto de acordo com a quantidade de remédios comprada. “Vamos fazer o seguinte: se você comprar mais de 10 caixas, eu faço por R$ 50”, ofereceu. A reportagem acompanhou um dos ambulantes até o local onde são obtidas as substâncias: o camelódromo da capital gaúcha, no Centro.

"A gente até emagrece, mas quando para de usar, engorda muito mais. É psicológico. Isso é uma droga, vicia. A gente sempre quer mais", diz uma jovem que usou durante anos o medicamento.
Em outubro do ano passado, os medicamentos inibidores de apetite a base de anfetaminas, drogas sintéticas que estimulam o sistema nervoso, tiveram os registros cancelados. A produção, venda e uso foram proibidos no Brasil pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.

Fonte: G1

Anabolizantes lideram vendas no Pará

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na última semana a segunda edição do Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O documento traz dados relacionados ao comércio de medicamentos controlados no Brasil e revelou que os ansiolíticos Clonazepam, Bromazepan e Alprazolam foram as substâncias controladas mais consumidas pela população brasileira entre 2007 a 2010. No Pará a droga mais consumida pelos paraenses foi a testosterona, presente nos medicamentos anabolizantes, seguida do clonazepam (psicotrópico).

Esteroides Anabolizantes são drogas sintéticas fabricadas para substituírem o hormônio masculino, a testosterona, que é fabricado pelos testículos. Eles ajudam no crescimento dos músculos e no desenvolvimento das características sexuais masculinas como: pelos, barba, voz grossa. Os medicamentos esteroides anabolizantes utilizados no Brasil são: Durasteton, Deca-Durabolin, Androxon.

Já os medicamentos psicotrópicos são utilizados no tratamento dos distúrbios da ansiedade. E foram três tipos desse medicamento, Clonazepam, Bromazepan e Alprazolam, que ocuparam, durante todo o período analisado pela Anvisa, as três primeiras posições de venda. Só em 2010, foram vendidas cerca de 10 milhões de caixas do medicamento Clonazepam – o primeiro da lista.

No Pará os anabolizantes lideram as vendas. Foram 141.706 caixas do medicamento vendidas nas farmácias e drogarias do Estado somente em 2010. Os dados revelam uma média de 1,87 caixa vendida a cada 100 habitantes, ou 1,07 miligramas por habitante do Pará. O clonazepan vem atrás com 93.169 caixas vendidas, ou seja 1,26 unidades a cada 100 habitantes.

VÍCIO

Marcelo Brasil do Couto, conselheiro do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PA), destaca o trabalho desenvolvido pela Anvisa. “Só assim saberíamos que foram vendidas 10 milhões de caixas de clonazepam só em 2010”, diz ele. Marcelo alerta ainda para o uso indiscriminado desse tipo de medicamento. “Muita gente utiliza esses remédios para dormir e acaba gerando o vício. E o mais interessante é que não são os psicólogos e psiquiatras, especialistas que deveriam indicar o uso desses medicamentos, responsáveis pela emissão das receitas, e sim de outras especialidades”.

Couto tem o mesmo pensamento com relação à prescrição da testosterona. Ele alega que não são os endocrinologistas que mais prescrevem esses medicamentos. “Um exemplo é o uso do receituário branco feito por odontólogos que foi o dobro dos utilizados pelos médicos de todas as outras especialidades. Não é para ser normal”.

Medicamentos podem trazer alívio e dependência

O boletim da Anvisa mostra que em 2010, dos quatro tipos de receituários existentes, os médicos veterinários utilizaram a notificação de receita especial de cor branca em 16 % das suas prescrições. Já os odontólogos a utilizaram em 15,4% dos casos, e os médicos, em 8% do total de suas prescrições.

As Notificações de Receitas Especiais de cor branca são utilizadas para prescrição de medicamentos da classe dos retinoicos, indicados, principalmente, para problemas dermatológicos.

O uso de medicamentos excessivos pode trazer consequências como a dependência o vício e ainda alterar o comportamento dos pacientes. Sara Goldfarb, nome fictício, conta que por dois anos fez uso de medicamentos como Lexotan, Diazepam e Haldol, todos indicados por um psiquiatra para o tratamento de uma depressão. “No primeiro momento trazem uma sensação de segurança e eles se tornam seus companheiros. Para o depressivo tudo está contra você e o remédio é sua força. Foram dois anos assim e hoje já estou há quase 10 anos sem remédios. Eles só ajudam a tirar você de órbita”, conta.

Atualmente Sara não utiliza nenhum tipo de medicamento para tratar a depressão. A dependência foi substituída por livros de autoajuda, muita leitura e experiências de vida.

FIQUE SABENDO

Os dados revelam uma média de 1,87 caixa vendida a cada 100 habitantes, ou 1,07 miligramas por habitante do Pará. (Diário do Pará)

Fonte: Diario do Para

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Rastreabilidade no Sistema Nacional de Controle de Medicamentos


8 de dezembro de 2011
Com o objetivo de dar prosseguimento às medidas adotadas no âmbito da Anvisa em atenção ao disposto na Lei nº 11.903/2009, que dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados, a Diretoria Colegiada da Anvisa deliberou sobre as diretrizes que nortearão a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos – SNCM.

Estas diretrizes resultam da consolidação da análise procedida em Grupo de Trabalho interinstitucional, composto por representantes do Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da própria Agência, em alinhamento aos princípios e objetivos das políticas públicas de acesso a medicamentos, igualmente priorizados no âmbito do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED, e dispõem-se basicamente no que se segue:

1. A base do SNCM fundamenta-se na aplicação do conceito da RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS, em consonância aos ditames legais.
2. Utilização do código bidimensional Datamatrix como tecnologia portadora de dados.
3. Utilização do Identificador Único de Medicamentos – IUM, constituído de número individual, não repetitivo, de 13 dígitos a ser representado na embalagem codificado no Datamatrix e também apresentado em caracteres numéricos legíveis. O identificador único de medicamentos será gerado e gerenciado pela Anvisa, por sistema integrado ao SNCM.
4. Adoção do padrão de conteúdo para o código bidimensional Datamatrix, composto basicamente de: número de registro, lote, validade e IUM.
5. Obrigatoriedade de manutenção de banco de dados próprio e da realização do controle da movimentação e estoque por meio de sistema informatizado compatível com as especificações e padrões de captura estabelecidos pela Anvisa, por parte tanto das empresas detentoras de registro junto à Anvisa, quanto das empresas distribuidoras do comércio varejista.
6. As embalagens secundárias de todos os medicamentos devem conter mecanismos de identificação e segurança que possibilitem a rastreabilidade desde a fabricação até o momento da dispensação. Os casos de embalagens múltiplas, hospitalares e fracionáveis serão objeto de estudos mais aprofundados, de modo a verificar a possibilidade de garantir a rastreabilidade do medicamento até o consumidor final.
7. Responsabilidade das empresas detentoras de registro pela aposição do código bidimensional Datamatrix nas embalagens dos medicamentos a serem comercializados no território brasileiro. A escolha da modalidade para aposição do Datamatrix nas embalagens fica a critério das empresas detentoras de registro, devendo ser processada em estrita observância aos padrões técnicos aplicáveis.
8. As questões referentes aos leitores de autenticidade, nos moldes anteriormente previstos, deixam de ser aplicáveis.
9. Sistema central de captura, armazenamento e gerenciamento de dados estabelecido no âmbito governamental e gerenciado pela Anvisa.
10. Revisão da RDC nº 59/2009 e/ou elaboração dos normativos pertinentes.
11. Definição e divulgação de mecanismos a serem utilizados para consulta da procedência do medicamento diretamente pelo consumidor.

A Anvisa adotará as providências e encaminhamentos necessários para o estabelecimento das definições técnicas, operacionais e de funcionamento do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos e demais medidas administrativas decorrentes.

Imprensa/Anvisa

Consulta Pública nº 10 da Anvisa para definir novas regras para os medicamentos de referência

Genéricos chegarão ao mercado em menos tempo


25 de janeiro de 2012
Está aberta a Consulta Pública nº 10 da Anvisa para definir novas regras para os medicamentos de referência. A principal novidade da proposta é a obrigatoriedade de que os fabricantes destes medicamentos forneçam os produtos para aquisição. Isso vai garantir que os laboratórios possam fazer os testes de bioequivalência que são necessários para o registro de genéricos e similares.


Para comprovar que o medicamento genérico ou similar tem o mesmo efeito que o medicamento de referência, os laboratórios precisam realizar estudos comparando o produto pronto com o produto que será registrado. Mas para isso é necessário que o medicamento de referência seja adquirido no mercado, o que nem sempre é fácil de ser feito. Nos casos de medicamentos de uso apenas hospitalar ou distribuídos em programas específicos, os laboratórios que desenvolvem os estudos podem ter dificuldade em adquirir o produto de referência, atrasando a entrada de novos genéricos no mercado.


O Diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirma que esta é mais uma medida para acelerar a entrada de concorrentes no mercado, especialmente para os tratamentos de alto custo e com poucas alternativas terapêuticas disponíveis. “As empresas reduzirão o tempo para o registro de um novo medicamento, pois não terão dificuldades em ter acesso aos produtos de referência para teste”, afirma Barbano.


Outra novidade da norma é o detalhamento de mais critérios sobre como os medicamentos de referência são escolhidos pela Anvisa. Esta definição é fundamental para toda a indústria de medicamentos no Brasil, pois o medicamento de referência é considerado como o padrão ouro para novos produtos.


A Consulta Pública nº 10/2012 ficará aberta por 60 dias e está disponível para a participação de qualquer pessoa por meio do site da Anvisa.


Acesse a Consulta Pública 10/2012

Hein!! Farmácia portuguesa que entrega no Brasil.

Farmácia portuguesa que entrega no Brasil

A  Sweetcare é uma farmácia portuguesa que vende os melhores produtos europeus e entrega aqui no Brasil. Os preços já são calculados em reais e MUITO mais baratos do que são comercializados nos revendedores daqui.

Esmaltes Mavala, Rhinomer (água do mar), tudo da Mustela, cápsulas Inneov… vale a pena conferir!

link: http://dicas4fun.com/2011/farmacia-portuguesa-que-entrega-no-brasil

Portugal - Infarmed não divulga bioequivalência dos medicamentos


O presidente do Infarmed justificou hoje a ausência de publicação da biodisponibilidade e bioequivalência dos medicamentos com o «segredo industrial» seguido em toda a Europa a que a autoridade do medicamento está obrigada. Jorge Torgal respondia assim na Comissão de Saúde a uma questão levantada pelo deputado Bernardino Soares, do PCP, e seguida pelo deputado do PS Manuel Pizarro, que queriam saber qual a razão por que não é publicada pelo Infarmed a listagem dos medicamentos aprovados.

Estas perguntas faziam eco de uma questão levantada sistematicamente pelo bastonário da Ordem dos Médicos que diz respeito à não publicação dos dossiers de aprovação dos medicamentos, para que os especialistas possam analisá-los e terem acesso à biodisponibilidade e bioequivalência de cada medicamento genérico.

«Há uma lógica de segredo industrial seguida em toda a Europa, uma regra de sigilo comercial que existe. O que é possível disponibilizar é disponibilizado, o que não é foi discutido, apreciado e aprovado por uma comissão [de avaliação dos medicamentos] com 70 membros, os mais eminentes especialistas portugueses», afirmou, considerando por isso não haver motivo para desconfiança.

Outra preocupação levantada por Bernardino Soares, que veio no seguimento de uma denúncia já feita anteriormente por uma deputada do PSD e reiterada hoje, tem a ver com a falta sistemática dos medicamentos genéricos mais baratos à venda nas farmácias.

O deputado do PCP quis saber se o Infarmed estava em condições de controlar a obrigação de que cada farmácia tenha disponíveis três dos cinco medicamentos mais baratos.

«Um número relevante de medicamentos autorizados não aparece no mercado. Se não se garantir a existência destes medicamentos, vamos frustrar o objectivo da lei que é o de as pessoas levarem os medicamentos mais baratos».

Sem se alongar muito na resposta, Jorge Torgal afirmou acreditar que o Infarmed conseguirá assegurar a existência dos mais baratos nas farmácias.

Outra preocupação que tem sido apontada pela OM tem a ver com a troca de um genérico por outro nas farmácias, alegando que estes medicamentos não são bioequivalentes entre si, apenas com o medicamento de referência.

Jorge Torgal garantiu a segurança na troca sublinhando que as normas seguidas em Portugal são as europeias e que por sua vez são iguais às dos Estados Unidos da América, do Japão e do Canadá.

«A variabilidade entre genéricos está muito bem regulamentada. Mais de 90% dos genéricos diferem menos de 10 % dos de marca, o que é uma variação considerada aceitável», afirmou.

O responsável acrescentou ainda que «os excipientes não têm actividade farmacológica», frisando assim que «as afirmações de que os excipientes podem ter consequências não têm fundamento científico».

Segundo o presidente do Infarmed, todos os medicamentos no mercado têm que ter saído de fábricas certificadas anualmente.

«Não há nenhuma razão forte para que não haja troca de medicamentos genéricos», sublinhou, reconhecendo poder surgir apenas dois problemas: ao nível das margens estreitas e dos doentes crónicos, a quem pode fazer confusão a troca por estar habituado a tomar sempre o mesmo medicamento.

Diário Digital / Lusa

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Banco Itau cria Farmácia em conta para os aposentados.

ITAÚ CRIA FARMÁCIA EM CONTA PARA APOSENTADOS


Remédios com descontos de até 60%
Promoção atende quem recebe benefício do INSS em conta corrente no banco
No Dia do Aposentado, comemorado nesta terça-feira (24), o Itaú apresenta o Farmácia em Conta, serviço que dá direito a descontos entre 15% e 60% em mais de 800 medicamentos a aposentados e pensionistas que recebam benefício do INSS por meio de crédito em conta-corrente do banco.
"Uma das maiores despesas desse público é com medicamentos. Por isso, o Itaú avaliou que esse benefício seria importante para essa clientela e levaria valor real a ela", afirma Luiz Veloso, diretor de Produtos para Pessoa Física do Itaú Unibanco.
O desconto é válido em todo o país, em uma rede de cerca de 6.500 farmácias distribuídas pelo território nacional. Para ter acesso ao desconto, o aposentado não precisa se cadastrar. Basta ir a uma das farmácias credenciadas e apresentar o cartão do Itaú, o número do CPF e dizer qual remédio precisa comprar. O valor do medicamento não será descontado da aposentadoria do consumidor.
Os correntistas que ainda não recebem aposentadoria ou pensão por meio da conta-corrente, podem pedir a vinculação do benefício à conta para conseguir o desconto. "Com essa medida, além do desconto no medicamento, eles terão mais conveniência e segurança, pois não precisarão sacar o valor do benefício na agência quando ele for depositado", afirma o diretor.
Segundo Veloso, o banco tem se preocupado em adaptar o material de comunicação com esse público para que se torne mais acessível. "Assim, tornamos a linguagem mais direta e aumentamos o tamanho da fonte, uma necessidade para essa faixa da clientela", afirma.
Para aposentados
O correntista do Itaú que atualmente saca seu benefício em dinheiro pode optar por vinculá-lo a sua conta-corrente. Assim, passa a receber com crédito direto em sua conta, com maior conveniência e comodidade, sem precisar fazer o saque em espécie de toda a quantia, o que também aumenta sua segurança.
Se precisar de um empréstimo, o aposentado ou pensionista pode obter Crédito Consignado com taxas reduzidas e parcelas descontadas do benefício. Não há necessidade de comprovação do direcionamento dos recursos obtidos.
O consumidor pode usar esses valores para realizar sonhos, viajar, ajudar familiares, sem precisar justificar por que está tomando o empréstimo. A contratação é simples e o cliente tem até 60 meses para pagar.
Há também a opção do Crediário Itaú para Aposentados e Pensionistas, que não é descontado diretamente do benefício. A contratação pode ser feita em Caixas Eletrônicos ou agências Itaú e o cliente pode escolher em quantas parcelas ele será pago e a melhor data para débito em conta.
Por fim, os clientes desse segmento que forem viajar ao Brasil ou ao exterior podem contratar o Seguro Viagem Itaú, o único do mercado sem limite de idade para contratação.
Para obter mais informações sobre o Farmácia em Conta, como a lista das farmácias cadastradas e medicamentos incluídos, o cliente pode ligar para a central, pelo telefone 3003-4812 (custo de ligação local), de segunda a sexta, das 7h às 23h. Aos sábados, domingos e feriados a Central funciona das 8h às 22h. Se preferir a Internet, o cliente pode consultar os endereços www.epharma.com.br/itau/farmacias ou www.epharma.com.br/itau/medicamentos.

Estudo revela que médicos prescrevem antibióticos em doses inadequadas

24/01/2012 - 08:54
Um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Brasil, revela que os médicos estão a prescrever antibióticos em doses insuficientes ou inadequadas para o tratamento de doenças respiratórias. A pesquisa, publicada recentemente na revista científica BMC Infectious Diseases, alerta para o perigo de um aumento da resistência aos medicamentos pelos pacientes e consequente dificuldade no tratamento, avança o portal ISaúde.

Veja aqui a pesquisa na íntegra.

Entre os antibióticos mais receitados pelos médicos, encontram-se a Azitromicina de 500 mg QD, Amoxicilina 500 mg e Levofloxacina 500 mg QD, respondendo por 58% das prescrições. Para alcançar os resultados do estudo, os investigadores avaliaram os padrões de prescrição médica em adultos de São Paulo.

Os dados sugerem a necessidade de reconsideração da forma como esses antibióticos são administrados em pacientes adultos. Além disso, segundo a pesquisa, este tipo de levantamento poderia ser utilizado para optimizar padrões de prescrição para regiões específicas em função da resistência aos mesmos antibióticos.

Para o levantamento, verificou-se a dose média prescrita por dia para os antimicrobianos mais frequentes, com base no número total de menções (em milhares) para o produto específico, número de menções (em milhares) por dose e participação percentual de cada dosagem em formulário para os últimos 12 meses. Antimicrobianos prescritos em menos de 1% da população, como Cefuroxima, Claritromicina, e Ceftriaxona intramuscular não foram incluídos na análise final.

A pesquisa foi realizada e publicada pelo Laboratório Especial de Microbiologia Clínica da Unifesp.

Fonte: Site rcm pharma

Medicamento contra melanoma causa carcinoma escamoso da pele

Medicamento contra melanoma causa carcinoma escamoso da pele


Doentes com melanoma metastático que tomam o medicamento recentemente aprovado vemurafenib (comercializado como Zelboraf®) responderam bem ao fármaco tomado duas vezes ao dia, mas alguns desenvolvem um cancro da pele secundário, avança o portal ISaúde.

O efeito secundário foi estudado numa acção conjunta por investigadores dos EUA e do Reino Unido, que conseguiram elucidar o mecanismo pelo qual o medicamento consegue combater o melanoma, mas também levar ao desenvolvimento do carcinoma escamoso da pele.

A acção exacta pela qual o fármaco funciona - bloquear a proteína BRAF mutada nas células de melanoma que estimulam o crescimento e a propagação de tumores - desencadeia uma cascata celular noutras células da pele (se elas tiverem uma outra mutação que predispõe ao cancro) e acaba por acelerar tipos de cancro da pele secundários, disse Antoni Ribas, co-autor sénior do artigo e professor da UCLA de Hematologia-Oncologia.

O estudo de 18 meses aparece na edição de 19 de Janeiro da New England Journal of Medicine.

Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem melanoma têm a mutação BRAF e podem ser tratados com vemurafenib, disse Ribas. Destes, aproximadamente um quarto desenvolve carcinomas de células escamosas. Nos sujeitos do estudo, os carcinomas de células escamosas foram removidos cirurgicamente, e o uso de vemurafenib não foi interrompido por causa deste efeito secundário de cancro da pele.

"Perguntamo-nos porque estávamos a tratar e a conseguir que o melanoma encolhesse, mas um outro cancro da pele foi desenvolvendo-se. Olhamos para o que provavelmente faria com que ele crescesse, e descobrimos que o medicamento estava a fazer as células pré-existentes com uma mutação RAS transformarem-se em cancro de células escamosas", disse Ribas, que estuda o melanoma no Jonsson Cancer Center Cancer.

A equipa de investigação combinada realizou uma análise molecular para identificar as mutações oncogénicas nas lesões de células escamosas de pacientes tratados com vemurafenib. Das 21 amostras de tumores estudadas, 13 tinham mutações RAS. Noutro conjunto de 14 amostras, oito tinham mutações RAS, disse Ribas.

"Os nossos dados indicam que as mutações RAS estão presentes em cerca de 60% dos casos nos pacientes que desenvolvem o carcinoma de pele escamoso durante o tratamento com vemurafenib. Esta mutação RAS é provavelmente causada por danos na pele antes da exposição ao sol, e o que o vemurafenib faz é acelerar o aparecimento desses tipos de câncer de células escamosas da pele, ao contrário de ser a causa da mutação que inicia estes cancros".

O grupo de Ribas constatou que bloquear o BRAF não-mutado nas células com RAS mutado em um modelo animal fez com que elas enviassem sinais em torno de BRAF, que induziam o crescimento dos cancros de células escamosas.

A descoberta do mecanismo de cancro de células escamosas levou a estratégias para inibir tanto a mutação BRAF com o vemurafenib quanto para bloquear a cascata celular com um medicamento diferente - um inibidor MEK - antes que o cancro da pele secundário se inicie, disse o co-autor sénior Richard Marais, professor do Institute of Cancer Research, em Londres, que desenvolveu o modelo animal para o estudo.

"Ao entender o mecanismo pelo qual estes tipos de cancro de células escamosas se desenvolvem, conseguimos elaborar uma estratégia para evitar os tumores secundários sem bloquear os efeitos benéficos dos medicamentos BRAF. Isso pode permitir que muitos pacientes beneficiem mais destas drogas importantes", disse Marais.

Ribas disse que esta é uma das raras vezes em que os oncologistas entendem molecularmente porque um efeito secundário do tratamento do cancro ocorre.

"O efeito secundário, neste caso, é causado pela forma como o medicamento funciona num ambiente celular diferente. Num caso, ele inibe o crescimento do cancro, noutro, faz as células malignas crescerem mais rápido", disse.

Estudos estão em andamento para testar BRAF e inibidores MEK em combinação nos pacientes com melanoma metastático, disse Ribas.

"Os nossos dados fornecem um mecanismo molecular para a toxicidade clínica de um inibidor de oncogene direccionado que aparentemente contradiz os efeitos pretendidos", afirma o estudo.

Fonte: Portal de Oncologia Portugues

Anvisa investiga excesso na prescrição de ansiolíticos

Thassiana Macedo - 24/01/2012

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de lançar a segunda edição do Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). De acordo com nota do órgão, o documento revela que as substâncias controladas mais consumidas no Brasil são os ansiolíticos Clonazepam, Bromazepam e Alprazolam. A descoberta está baseada no estudo da comercialização de medicamentos controlados no País, de 2007 a 2010, e deve promover apurações aprofundadas em 2012.

Para se ter uma ideia, só em 2010, a venda do medicamento Clonazepam, conhecido como Rivotril, saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A venda do psicotrópico Bromazepan chegou a
4,4 milhões de unidades, e do Alprazolam, a 4,3 milhões. Esses três medicamentos são usados no tratamento dos distúrbios da ansiedade, mas apenas sob prescrição médica. E é isso que a Anvisa quer saber se está dentro da normalidade, já que o levantamento detectou que, atualmente, cresce o volume de receituários de controle especial prescritos por veterinários e odontólogos, superiores à quantidade prescrita por médicos.
Em 2010, dos quatro tipos de receituários existentes, veterinários utilizaram a receita especial em 16% das suas prescrições. Já os odontólogos a utilizaram em 15,4% dos casos, e os médicos, em apenas 8% do total de suas prescrições especialmente indicadas para problemas dermatológicos.

Vale lembrar que a agência passou a monitorar com maior rigor os casos considerados atípicos, envolvendo os medicamentos controlados desde 2009, quando o País passou a discutir a prescrição indiscriminada de remédios para emagrecer. Em outubro de 2011, a Anvisa baniu do mercado os emagrecedores à base de anfetamina, porque pesquisas apontavam para o risco de esses medicamentos causarem problemas cardíacos e ao sistema nervoso central.

fonte: Jornal da Manhã

Consulta Pública nº 01/2012 - Manipulação de antineoplásicos

CFF abre Consulta Pública nº 01/2012
Data: 24/01/2012

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) abre a Consulta Pública nº 01/2012, para receber sugestões sobre a competência legal, do farmacêutico, para o exercício da manipulação de antineoplásicos.

A Consulta Pública é uma ferramenta usada por entidades governamentais, administrativas e de classe, que abre a possibilidade de discussão sobre diversos temas em qualquer área, inclusive a Farmácia. Ela permite, de forma democrática e transparente, a participação e contribuição de todos na construção de resoluções e projetos em benefício da categoria farmacêutica.

As sugestões e opiniões devem ser enviadas para o e-mail jarbas@cff.org.br, até o dia 23 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Filme da Giacometti para o Conselho Federal de Farmácia alerta sobre os riscos da automedicação

A mensagem do filme chama a atenção sobre uso inadequado de medicamentos, que pode ser fatal.

Em comemoração ao Dia do Farmacêutico (20 de janeiro), a Giacometti Comunicação/Brasília criou filme para o Conselho Federal de Farmácia (CFF) que alerta sobre o perigo da automedicação e valoriza o profissional.
A mensagem do filme “Batimentos” chama a atenção sobre uso inadequado de medicamentos. As imagens mostram um frasco de comprimidos que está sobre a mesa da casa de uma família e diferentes momentos das mãos de uma pessoa que retira os comprimidos do frasco, ao som característico de um monitor cardíaco de UTI. A cada cápsula que sai do recipiente, o batimento cardíaco se acelera, criando um clima de tensão. Quando o recipiente fica vazio, surge o som contínuo do monitor, sinal de que o paciente morreu. Um locutor diz: “A automedicação pode ser fatal. Se você usa medicamentos, consulte sempre o farmacêutico. Farmacêutico. Tão essencial quanto o medicamento.”


Filme: http://www.youtube.com/watch?v=RE5rUpIaFms

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Novos remédios em lista positiva vão custar cerca de 11% menos, diz Fisco



Do G1, em Brasília

A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (18) que a chamada "lista positiva", que conta com crédito presumido de PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), será atualizada com a inclusão de novos medicamentos.

Atualmente, a "lista positiva" conta com 1.472 produtos. Com a sua atualização, passará a ter 1.635 medicamentos, ou seja, 163 produtos a mais. Estes remédios são utilizados usados em doenças de tratamentos contínuos ou de larga escala.

A "lista positiva" não é atualizada desde 2007. Com o crédito presumido do PIS e Cofins, os medicamentos ficarão cerca de 11% mais baratos. Segundo o Fisco, a minuta de decreto deve ser concluída nas próximas semanas, mas o prazo de publicação depende do Ministério da Fazenda e da Casa Civil.

"A importância dos produtos contidos nesta lista baseia-se no efeito de redução do preço para o consumidor de medicamentos essenciais, uma vez que as alíquotas de PIS/Cofins somam mais de 10% e, por consequência, promover a ampliação do acesso à população para usufruir destes produtos", diz o Ministério da Saúde em ofício enviado à Receita Federal.

Na "categoria 1" de produtos, que inclui produtos identificados com as tarjas vermelha e preta, a lista passará a contar com 1.200 medicamentos, contra 1.084 atualmente. Na "categoria 2", que abrange "medicamentos em associações identificados com tarja vermelha ou preta", a lista passará a ter 331 produtos, contra 292 na versão anterior.

Para a "categoria 3", que abrange "substâncias para medicamentos utilizados em nutrição parenteral, hemodiálise e diálise peritoneal, substitutos do plasma e expansores plasmáticos, identificados com tarja vermelha", a nova lista terá 104 itens, contra 96 na versão atual da lista.

G1 - Rio de Janeiro/RJ - ECONOMIA - 18/01/2012

 Fonte: Site do SINCOFAGO

Medicina naturale: ecco come usarla contro l’influenza

Medicina naturale: ecco come usarla contro l’influenza
Siete cultori della medicina naturale, dei rimedi non-chimici ma puramente offerti da Madre Natura nella sua immensa generosità? Allora saprete benissimo che con alcune piante si può sostituire la medicina tradizionale nella cura contro l’influenza. A patto che, se la situazione si aggrava, vi rivolgiate sempre al migliore dei medici.


Il raffreddore, che sta alla base di uno dei due ceppi dell’influenza odierna, si può curare con infusi di foglie di oliva. E si può intervenire per liberare i bronchi dal muco con la radice di zenzero. Bere molto té aiuta a combattere l’aggressione batterica e l’olio essenziale di origano supporta questa azione abbattendosi contro i batteri più ostinati. L’aglio è da sempre il miglior antibiotico e antivirale e il miele protegge la gola malandata esattamente coma la propoli. Spremuta di limone e riso sono ottimi aiuti per l’intestino malato e fermano la diarrea. Naturalmente dovrete consultare un bravo omeopata per capire in che modo assumere queste sostanze, a meno che non vogliate masticare aglio senza ritegno!! Che sia medicina tradizionale o alternativa e naturale, abbiate sempre il buon senso di non fare le cose di testa vostra. Lasciate che sia un esperto a guidarvi e ne guadagnerete in salute e tranquillità, influenza o meno.

fonte: http://benessere.guidone.it/2012/01/19/medicina-naturale-ecco-come-usarla-contro-linfluenza/

"Las enfermedades de transmisión sexual están aumentando mucho, sobre todo entre homosexuales"

La doctora explica qué es y cómo se contagia el brote detectado de linfogranuloma venéreo, que se creía casi erradicado 

La Agencia de Salud Pública de Barcelona (ASPB) ha alertado a los centros sanitarios por un brote de linfogranuloma venéreo registrado en la capital catalana, una enfermedad que se creía casi erradicada. Estrella Caballero, especialista en microbiología del hospital Vall d’Hebron, uno de los centros de referencia en la detección y tratamiento de esta patología, explica qué es y cómo se combate el linfogranuloma venéreo. La doctora ha participado en la realización de un estudio que constata la preocupante expansión de esta enfermedad.

- ¿Qué es el linfogranuloma venéreo?
- Una enfermedad muy contagiosa de transmisión sexual que produce fundamentalmente una úlcera genital. Es causada por unas variedades de la bacteria Chlamydia trachomatis. En la epidemia actual, que afecta sobre todo a hombres homosexuales, la patología causa una inflamación de la mucosa anal y rectal, con supuración y pequeñas úlceras genitales. 

- ¿Cómo se transmite?
- El brote actual se contagia sobre todo a través de sexo anal. En personas heterosexuales hemos registrado solo dos casos, pero también podría llegar a afectar a mujeres.
- ¿Podría transmitirse a través del sexo oral?
- Sí.

- ¿Qué incidencia había tenido hasta la actualidad?
- Es una enfermedad que no se daba en Europa desde hace mucho tiempo, pero que es endémica en zonas tropicales, especialmente en países pobres. Entre los años 2003 y 2004 se detectaron los primeros casos en Holanda, y desde entonces ha ido creciendo.

- ¿Es alarmante la propagación del linfogranuloma venéreo?
- El problema no es solo la patología en sí, sino el hecho de que las enfermedades de transmisión sexual están aumentando muchísimo, sobre todo entre el colectivo homosexual, más proclive a mantener relaciones sexuales sin protección, con múltiples parejas, sexo anónimo... Lo que sucede con el linfogranuloma ya ha sucedido antes con la sífilis o la hepatitis A, que rebrotaron hace años. 

- La enfermedad estaba casi erradicada, ¿a qué se debe el hecho de que haya vuelto a resurgir con tanta fuerza?
- Por un lado, se ha bajado la guardia en las enfermedades de transmisión sexual, ya que los afectados no han mantenido las mínimas precauciones, como el uso del preservativo; por otro lado, las autoridades sanitarias tienen la obligación de controlar este tipo de enfermedades.

- ¿Nunca había habido tantos casos como ahora?
- Se sabe que en los años 50 hubo un brote. No obstante, hasta hace pocos años se diagnosticaban casos de manera esporádica, sobre todo en personas que habían viajado a países endémicos, pero era una entidad muy rara. En el 2004 se diagnosticó un caso en Barcelona, del 2007 al 2011 se detectaron 146 más. En el último año la enfermedad ha tenido una mayor incidencia ya que se han producido 72 nuevos contagios.

- ¿Tiene alguna relación el linfogranuloma venéreo con el VIH?
- Hay un porcentaje muy alto de seropositivos entre los afectados - 66 de las personas diagnosticadas el año pasado lo son-. El motivo es que los homosexuales promiscuos y que son VHI positivos todavía relajan más sus precauciones. No tiene en cuenta que el estar infectado no protege de otras infecciones, lo que puede agravar la enfermedad.
- ¿El diagnóstico del linfogranuloma es difícil de conseguir?
- No. Desde que se utilizan técnicas moleculares de detección de ácidos nucleicos, la infección es fácil de diagnosticar. Se toma un exudado de la zona con la lesión y se envía al laboratorio, que hace una detección de ácidos nucleicos específico de Chlamydia trachomatis y, si es positiva, hacemos una identificación para comprobar si se trata de linfogranuloma.

- …
- No obstante, muchas veces el médico no piensa en que puede tratarse de un linfogranuloma venéreo, y se confunde con diarrea, enfermedad de Crohn, por lo que tarda en solicitar la prueba pertinente. Por eso, cuando el profesional se encuentra delante de una úlcera que no se cura, debería de descartar esta posibilidad. 

- ¿En qué consiste el tratamiento?
- Normalmente se receta antibiótico - doxiciclina o azitromicina-. El tratamiento dura unas tres semanas. Además, intentamos tratar los contactos del caso índice, aunque no tengan síntomas, para cortar la transmisión.

- ¿Si no se diagnostica pronto, puede tener consecuencias graves?
- Sí, puede acabar produciendo un aumento de los órganos genitales, puede pasar a nivel general – fiebre, malestar-, y causar enfermedades post-infecciosas, como la artritis. Precisamente, en el estudio publicamos el caso de un paciente cuyo linfogranuloma se presentó de esta manera. La enfermedad puede tener consecuencias a largo plazo si no aparecen síntomas en las primeras fases de la infección y no se trata correctamente.

- ¿El linfogranuloma podría convertirse en una patología endémica?
- Sí, de hecho, si se reintrodujera, como ya está ocurriendo, y pasara del colectivo homosexual al heterosexual, podría ser endémica.

fonte: http://www.lavanguardia.com/salud/20120119/54244572853/estrella-caballero-enfermedades-transmision-sexual-linfogranuloma.html

 

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Número de cursos de Farmácia cresce 343% na última década, mas mercado de trabalho ainda tem áreas em expansão

Saiba qual é o panorama do mercado de trabalho farmacêutico no Brasil e quais as conseqüências do aumento no número de cursos de graduação em Farmácia.



Atualmente, os egressos dos cursos de Farmácia no Brasil se deparam com um panorama bastante interessante, em relação ao mercado de trabalho. Uma pesquisa no site do e-MEC revela que existem 481 cadastros de cursos de graduação em Farmácia (dados de 2012), sendo que 81 (16,8% do total) desses são cursos gratuitos (instituições públicas) e 400 (83,2% do total) são cursos pagos (instituições privadas).

Em 2001 existiam cerca de 140 cursos, demonstrando um aumento de 343,6% num período de 11 anos. Em 1986 havia 35 cursos de Farmácia no Brasil, sendo que 20%  eram em instituições privadas e 80% em faculdades públicas. Verifica-se que em 26 anos, o número de cursos aumentou 1.374%, e o perfil das instituições (públicas e privadas) mantenedoras dos cursos se inverteu.

O aumento no número de cursos de graduação em Farmácia, consequentemente, lança no mercado de trabalho, muitos egressos. Apesar de sinais de saturação em muitas áreas, outras áreas de trabalho para o farmacêutico tem surgido e se mostram promissoras, tanto no setor público quanto no setor privado.

De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o número de farmacêuticos no Brasil em 2010 era de quase 143 mil. Destes, 52.176 (36,5%) estão nas capitais, enquanto 90.665 (63,5%) farmacêuticos atuam no interior.

Em relação à oferta de vagas no mercado de trabalho privado, em 2010, o CFF registrou um total de 82.204 farmácias e drogarias, 7.351 farmácias de manipulação, 1.053 farmácias homeopáticas, 5.631 farmácias hospitalares, 5.993 laboratórios de análises clínicas, 532 indústrias farmacêuticas e 3.821 distribuidoras de medicamentos.

Nestas áreas, com exceção das análises clínicas e indústria farmacêutica, a função do farmacêutico é privativa, absorvendo a maior parte da demanda de recém-formados, o que gerou uma saturação em determinados tipos de serviço.

Em relação aos estabelecimentos públicos, em 2010, havia um total de 8.379 farmácias públicas registradas nos conselhos. O sistema público de saúde constitui, atualmente, num importante campo de trabalho para os profissionais de saúde.

De acordo com o IBGE, na década de 80, os serviços públicos de saúde empregavam, aproximadamente, 265.956 trabalhadores de nível superior. Em 2005, com o SUS já implementado, esse número passou para 1.448.749, demonstrando o vigor em sua implementação e a relevância do setor público.

Este campo de trabalho, representado principalmente pela Estratégia Saúde da Família (ESF), hoje em franca expansão, em todo o território nacional, busca ampliar a cobertura da população, assegurando um padrão de serviços compatível com a melhoria da qualidade de vida, com maior resolubilidade da atenção e garantia de acesso aos demais níveis do sistema.

O farmacêutico ganhou espaço na Estratégia Saúde da Família (ESF), sobretudo, a partir de 2008, com a publicação da Portaria n. 154/08 do Ministério da Saúde, que estabelece a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), composto por profissionais de saúde que devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes Saúde da Família.

Em 2011, o Projeto de Lei 2459 foi reapresentado na Câmara dos Deputados, para exigir a presença do farmacêutico em todos os locais onde ocorre dispensação de medicamentos, como as Unidades de Saúde do SUS. Esse Projeto de Lei altera a Lei n.5.991/73, se for aprovado, resultará em aumento significativo no número de postos de trabalho para os farmacêuticos.

Como forma de mostrar o apoio da classe farmacêutica e da população em prol da obrigatoriedade da presença do farmacêutico no SUS, foi criada uma Fan Page na rede social Facebook, cujo acesso pode ser realizado através do link: https://www.facebook.com/PL24592011aprovacaoja?ref=ts

Além disso, novas áreas de atuação para o farmacêutico se mostram promissoras, como a Farmacoeconomia, Farmácia Oncológica, Conduta Baseada em Evidências, Avaliação de Tecnologias em Saúde, Genética e Biologia Molecular, Bioinformática, Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Fármacos, Docência, entre outras.

No entanto, a formação dos farmacêuticos para atuação no SUS e nessas novas áreas é desafiadora.

A atuação significativa do farmacêutico no NASF depende não apenas do seu conhecimento técnico sobre medicamentos, mas sobretudo, da sua competência de relacionamento interdisciplinar, de trabalho em equipes multiprofissionais, de acolher o paciente e realizar um trabalho humanizado, de suas habilidades de comunicação, da sua capacidade de gerenciamento e administração do trabalho, dos recursos e da informação. Estas são características pouco relacionadas com a química, a farmacologia e o controle de qualidade da matéria-prima, ou seja, que independem da qualificação técnica. Estas são características humanísticas, que devem estar presentes no trabalho de boas equipes de saúde e que exigem dos profissionais habilidades e atitudes proativas, em prol das necessidades dos pacientes.

No entanto, para atuação no SUS, o farmacêutico precisa se capacitar tecnicamente, bem como vivenciar as práticas de saúde pública desde o ensino na graduação. Os cursos de Farmácia devem oportunizar aos estudantes a aquisição de competências e habilidades que permitam a atuação do farmacêutico no SUS.

Existe a preocupação com a baixa qualidade dos cursos de graduação em Farmácia, agravada pela entrada de novos cursos, possivelmente com quadros docentes mal preparados e programas que não se embasam em pesquisa ou extensão. É verdade que a reforma do ensino farmacêutico, iniciada há pouco mais de dez anos no Brasil e que incorporou a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Farmácia, vem tentando modificar as normativas curriculares, para formar egressos tecnicamente mais preparados para a atuação na saúde pública.

No entanto, é um desafio para as instituições de ensino superior e para os demais órgãos de classe profissional a preparação adequada do farmacêutico para atuação no SUS. Mas é preciso superar os obstáculos, já que o SUS é um amplo mercado de trabalho, ainda em expansão.

CRF de São Paulo esclarece sobre novos valores das anuidades do Conselho de Farmácia.

CRF de São Paulo esclarece sobre novos valores das anuidades do Conselho de Farmácia.


Informação sobre valor das anuidades
 
Informação sobre valor das anuidadesSão Paulo, 17 de janeiro de 2012.
Esclarecemos que o valor das anuidades é definido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e não pelos Conselhos Regionais. Todos os anos o CFF publica resolução com os valores de anuidade a serem praticados pelos CRFs no ano seguinte.
Sendo assim, em de 30 de novembro de 2011 o CFF publicou a Resolução 551, que definiu os valores para a anuidade de 2012. O atual presidente do CRF-SP, que assumiu em janeiro deste ano, não teve influência nessa decisão. O CRF-SP não tem prerrogativa para alterar esses valores. Inclusive pode ser observado nos boletos que o cedente é o próprio CFF.
A atual Diretoria deste Regional solicitou esclarecimentos ao CFF sobre quais critérios foram adotados para determinar a quantia a ser cobrada. E preocupada com os profissionais do Estado de São Paulo, também fará contato com o novo Presidente do CFF, que acreditamos estar sensível a essa problemática, para que os regionais sejam ouvidos antes de se determinar os valores para 2013.
Vale ressaltar que a Pessoa Física (farmacêutico) é distinta da Pessoa Jurídica (empresa) e a legislação prevê a obrigatoriedade de pagamento de anuidade por ambos, portanto, o CRF-SP não pode conceder isenção ou desconto, ainda que o farmacêutico seja o proprietário da empresa, sem que haja uma regulamentação de âmbito nacional.
Por fim, informamos que todas as dúvidas e sugestões serão analisadas pela diretoria, para tanto, foi criado um e-mail específico para esse fim:  anuidades2012@crfsp.org.br
Fundamentação legal das anuidades: Lei Federal 12.514/11 e Lei Federal nº3.820/60.
 
Assessoria de Comunicação CRF-SP

Fonte: Site do Advogado Valter Carretas

O reconhecimento do trabalho à distância.



Nos últimos dias de dezembro, o DOU publicou a Lei 12551, sancionada pela Sra. Presidente da Republica no dia 15 , que altera a redação do artigo 6 da CLT, dando-lhe a seguinte nova redação:-

Artigo 6- Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador o executado no domicilio do empregado e o realizado à distância, desde que
estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

Parágrafo único- Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio”.

Importante consignar, que a legislação trabalhista, não distinguia a execução do trabalho no estabelecimento do empregador ou tomador dos serviços, com o que era executado no domicilio do empregado ou prestador individual dos serviços.

A importância da lei 12.551, é o reconhecimento de que o local da execução do trabalho, além do local do tomador dos serviços e o domicilio do executor dos mesmos, possa ser, qualquer outro local, desde que executado com o uso de ferramentas eletrônicas, por exemplo, um telefone, um I Ped, um computador, enfim, qualquer meio que permita ao trabalhador, responder, resolver, iniciar uma resposta, que ao final, vai redundar na solução daquilo que lhe foi confiado fazer.

Nós profissionais liberais, nos encaixamos perfeitamente no espírito da Lei, pois qualquer que seja a atividade praticada, somos acionados, diuturnamente , pelas ,mais diversas formas de sistemas eletrônicos informatizados e estamos praticamente, 24 horas a disposição do nosso tomador de serviços, para atendê-lo, naquilo que busca.

Essa lei, é de suma importância para o trabalhador, reconhecendo aquela velha máxima, “ levei serviço para fazer em casa “, que já era aceita como trabalho fora do local do empregador ou tomador dos serviços, e a nova máxima , “ em qualquer lugar que eu esteja o meu cliente ou tomador de serviços, me alcança e me questiona, através do celular, do I Phone, do I PED”, etc.

Aguardemos os desdobramentos dessa alteração, nós estaremos acompanhando na defesa dos profissionais liberais representados.

fonte: Post da FEIFAR no facebook.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Portugueses são os que mais conduzem sob o efeito de medicamentos


O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) disse, esta segunda-feira, que os portugueses, principalmente as mulheres com mais de 50 anos, são os que mais conduzem sob o efeito de medicamentos a nível europeu e realçou a necessidade de adoptar medidas de prevenção.
 
foto Global Imagens/Arquivo
Portugueses são os que mais conduzem sob o efeito de medicamentos

 
A condução sob a influência de álcool e de substâncias psicotrópicas está, esta segunda-feira, em debate em Lisboa, num seminário promovido pela ANSR e Instituto Nacional de Emergência Médica (INML), onde também foram apresentados os resultados do projecto europeu DRUID (Driving under the Influence of Drugs, Alcohol anda Medicines).
Os resultados revelam que a prevalência de consumo de substâncias psicoactivas entre os condutores portugueses apresenta valores superiores à média europeia.
Segundo o projecto DRUID, são superiores à média europeia o consumo de álcool e de medicamentos, enquanto a prevalência de drogas ilícitas está em linha com a média europeia.
Nesse sentido, o presidente da ANSR, Paulo Marques, considera que no âmbito da revisão da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, que vai agora acontecer, devem ser tomadas medidas de prevenção e controlo no que toca à influência dos medicamentos durante a condução.
Paulo Marques, citando uma das propostas do projecto DRUID, sublinhou que os medicamentos devem passar a estar classificados numa tabela para que os médicos e os doentes se apercebam da sua influência na condução.

fonte: Jornal de Notícias

O uso racional de medicamentos e seus percalços


No setor público, houve considerável número de prescrições de medicamentos pelo nome comercial, contrariando a legislação que determina que nestes setores eles devem ser prescritos pelo nome genérico
Notícia publicada na edição de 17/01/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
* Tânia Regina Ferreira

A Organização Mundial da Saúde, em 1985, definiu o uso racional de medicamentos "como a situação na qual o paciente recebe um medicamento, segundo suas necessidades clínicas, nas doses individualmente requeridas, por um adequado período de tempo, a baixo custo para ele e sua comunidade."

Nas últimas décadas, com o desenvolvimento industrial e a grande expansão dos laboratórios farmacêuticos, transformações importantes ocorreram com os profissionais da saúde que estão ligados diretamente com a utilização de medicamentos. Vemos que a produção de medicamentos em escala industrial facilitou o acesso da população, porém traz com ela outros problemas que interferem de forma muitas vezes definitiva no seu uso racional. Levados por influências econômicas e socioculturais, muitos prescritores prescrevem medicamentos que fogem radicalmente da farmacoterapia racional.

Acompanhando a grande expansão dos laboratórios farmacêuticos, pudemos também observar a explosão de redes de farmácias descaracterizando as pequenas bouticas, que foram engolidas pelo modelo mercantilista que as transformou em simples estabelecimentos comerciais, com foco na venda de produtos. O farmacêutico, profissional outrora respeitado dentro da sociedade, sobrecarregado pelas tarefas administrativas e pouco preparado pelas instituições de ensino, que por sua vez, pouco se adequaram às mudanças, tornou-se invisível dentro da cadeia da saúde, passando a ser confundido e substituído por outros profissionais menos graduados.

Na legislação encontramos a prescrição descrita como um importante documento, elo principal de comunicação entre o médico, paciente ou seu cuidador e farmacêutico, que deverá conter, de forma clara e legível, instruções para restauração da saúde do doente. Percebe-se, porém que os próprios profissionais não veem a prescrição dessa maneira. Vê-se com tristeza, na sociedade, a inversão de valores, que define por "bom médico" o profissional cuja letra é o mais ilegível possível, garranchos esses que muitas vezes nem mesmo o próprio autor consegue traduzir. Paralelamente, encontramos outro conceito de que quem deverá ler tais garranchos são os melhores e mais competentes "farmacêuticos".

A prescrição pediátrica, por sua vez, deveria estar direcionada ao acompanhante da criança, geralmente à mãe, o responsável pela correta execução do tratamento, cujo sucesso depende óbvia e integralmente desse fato. Deveria conter de forma clara, legível, sem símbolos ou abreviaturas instruções sobre o tratamento, seja ele medicamentoso ou não medicamentoso. O usuário da receita ou seu cuidador deveria ser o primeiro a lê-la e entendê-la, sem ter que depender de terceiros para fazê-lo.

Pesquisa recente, sobre receitas pediátricas, realizada durante meses na cidade de Sorocaba, analisou prescrições contendo antipiréticos (medicamentos usados para o controle da febre) e anti-inflamatórios não esteroides (usados para tratamento de inflamações) em crianças de 0 a 12 anos, nos setores público e privado.

A qualidade das prescrições pediátricas analisadas não difere umas das outras quanto à origem, isto é, tanto prescrições provenientes do setor público (SUS) quanto do setor privado (convênios, consultórios particulares, entre outras) apontam que esses documentos são feitos de forma incompleta e precisam ser adequadas. Os tratamentos estão focados somente em condutas medicamentosas descritas de maneira insuficiente, duvidosa, sem nenhuma orientação não medicamentosa por escrito.

No setor privado, o estudo destacou baixa porcentagem de prescrição de fármacos pelo nome genérico, o que pode ser o reflexo da influência da indústria farmacêutica no momento da prescrição. Já no setor público, houve considerável número de prescrições de medicamentos pelo nome comercial, contrariando a legislação que determina que nestes setores eles devem ser prescritos pelo nome genérico. Foram encontradas prescrições contendo piroxicam e cetoprofeno indicadas para crianças menores que a faixa etária aprovada para uso desses medicamentos. Ambos os setores utilizam a dipirona em doses superiores às indicadas para uso seguro.

O estudo mostrou que a prescrição pediátrica não é valorizada. Médicos, outros profissionais de saúde, pacientes e a população em geral não a entendem como um documento que se preenchido correta e completamente servirá como referencial para a realização do tratamento. A educação e a informação desprovida de interesse comercial, além de medidas reguladoras mais severas, poderiam contribuir para o uso racional de medicamentos. Instituições de ensino e profissionais de saúde deveriam assumir papeis transformadores dentro deste contexto. O uso racional de medicamentos exige mudanças culturais imediatas para que seja implantado de forma efetiva.

* Tânia Regina Ferreira é farmacêutica, mestre em Ciências Farmacêuticas - Uso racional de medicamentos, professora do curso de Farmácia da Uniso e farmacêutica responsável técnica da Farmácia Comunitária "Vital Brazil" - PUC/Uniso. (tania.ferreira@uniso.br)

fonte: O Cruzeiro

As doenças que mais venderão em 2012

Martha Rosenberg*, AlterNet | Tradução: Daniela Frabasile
Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da população dos Estados Unidos tome antidepressivos, estatinas, e estimulantes? Vendendo doenças como depressão, colesterol alto e refluxo gastrointestinal. Marketing impulsionado pela oferta, também conhecido como “existe um medicamento – precisa-se de uma doença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondríacos viciados em remédios, mas desvia os laboratórios do que deveria ser seu pepel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médicos reais.

Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma enfermidade torne-sc campeã de vendas, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser constatada num diagnóstico que tem margem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pioram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao tratamento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico.

Aqui estão algumas potenciais doenças da moda, que a indústria farmacêutica gostaria que você desenvolvesse em 2012:

Déficit de atenção com hiperatividade em adultos
Problemas cotidianos rotulados como “depressão” impulsionaram os laboratórios nas últimas duas décadas. Você não estava triste, bravo, com medo, confuso, de luto ou até mesmo sentindo-se explorado. Você estava deprimido, e existe uma pílula para isso. Mas a depressão chegou a um ápice, como a dieta Atkins e Macarena. Com sorte, existe o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (DDAH) em adultos. Ele dobrou em mulheres de 45 a 65 anos e triplicou em homens e mulheres com 20 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.
Assim como a depressão, a DDAH em adultos é uma categoria que pode englobar tudo. “É DDAH ou menopausa?” pergunta um artigo na Additude, uma revista voltada exclusivamente à doença DDAH. “DDA e Alzheimer: essas doenças estão relacionadas?” pergunta outro artigo da mesma revista.
“Estou deprimida, pode ser DDAH?” diz um anúncio na Psychiatric News, mostrando uma mulher bonita, mas triste. Na mesma publicação, outro anúncio diz “promessas quebradas – adultos com DDAH têm quase duas vezes mais chances de se divorciar”, enquanto estimula médicos a checar a presença de DDAH pacientes para DDAH em seus pacientes.
Adultos com DDAH são normalmente “menos responsáveis, confiáveis, engenhosos, focados, autoconfiantes, e eles encontram dificuldades para definir, estabelecer e propor objetivos pessoais significativos”, diz um artigo escrito pelo dr. Joseph Biederman, psiquiatra infantil de Harvard, que leva os créditos por colocar “disfunção bipolar pediátrica” no mapa. Eles “mostram tendências de ser mais fechados, intolerantes, críticos, inúteis, e oportunistas” e “tendem a não considerar direitos e sentimentos de outras pessoas”, diz o artigo, numa frase que poderia ser usada por muitas pessoas para definir seus cunhados.
Adultos com DDAH terão dificuldade em se manter em um emprego e pioram se não forem tratados, diz WebMD, apontando para o seguindo requisito para as doenças campeãs de venda – sintomas que se agravam sem medicação. “Adultos com DDAH podem ter dificuldade em seguir orientações, lembrar informações, concentrar-se, organizar tarefas ou completar o trabalho no prazo”, de acordo com o site, cujo parceiro original era Eli Lilly.
Como as empresas farmacêuticas conseguiram fazer com que cinco milhões de crianças, e agora talvez seus pais, tomem remédios para DDAH? Anúncios em telas de 9 metros por 7, quatro vezes por hora na Times Square não vão fazer mal. Perguntam: “Não consegue manter o foco? Não consegue ficar parado? Seu filho pode ter DDAH?” (Aposto que ninguém teve problemas em se focar neles!).
Porém, convencer adultos que eles não estão dormindo pouco, nem entediados, mas têm DDAH é apenas metade da batalha. As transnacionais farmacêuticas também têm que convencer crianças que cresceram com o diagnóstico de DDAH a não pararem de tomar a medicação, diz Mike Cola, da Shire (empresa que produz os medicamentos para DDAH: Intuniv, Addreall XR, Vyvanse e Daytrana). “Nós sabemos que perdemos um número significativo de pacientes com mais ou menos vinte anos, pois saem do sistema por não irem mais ao pediatra”.
Um anúncio da Shire na Northwestern University diz “eu lembro de ser uma criança com DDAH. Na verdade, eu ainda tenho”, a frase está escrita em uma foto de Adam Levine, vocalista do Maroon 5. “É sua DDAH. Curta”, era a mensagem subliminar. (O objetivo seria: “continue doente”?).
Claro, pilhar crianças (ou qualquer um, na verdade) não é muito difícil. Por que outra razão traficantes de metanfetamina dizem que “a primeira dose é grátis”? Mas a indústria está tão empenhada em manter o mercado pediátrico de DDAH que criou cursos para médicos. Alguns exemplos: “Identificando, diagnosticando e controlando DDAH em estudantes”. Ou “DDAH na faculdade: procurar e receber cuidado durante a transição da infância para a idade adulta”.
Para assegurar-se de que ninguém pense que a DDAH é uma doença inventada, WebMD mostra ressonâncias magnéticas coloridas de cérebros de pessoas normais e de pacientes com DDAH (ao lado de um anúncio de Vyvanse). Mas é duvidoso se as duas imagens são realmente diferentes, diz o psiquiatra Dr. Phillip Sinaikin, autor de Psychiatryland. E mesmo que forem, isso não prova nada.
“O ponto central do problema é que simplesmente não existe um entendimento definitivo de como a atividade neural está relacionada à consciência subjetiva, a antiga relação não muito clara entre corpo e mente”, Sinaikin contou ao AlterNet. “Não avançamos muito além da frenologia, e esse artigo do WebMD é simplesmente o pior tipo de manipulação da indústria farmacêutica a fim de vender seus produtos extremamente caros. Nesse caso, um esforço desesperado da Shire para manter uma parte do mercado quando o Addreall tiver versão genérica”.
Artrite Reumatóide
A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença séria e perigosa. Mas os supressores do sistema imunológico que a indústria farmacêutica oferece como alternativa – Remicade, Enbrel, Humira e outros – também são. Enquanto a AR ataca os tecidos do corpo, levando à inflamação das articulações, tecidos adjacentes e órgãos, os supressores imunológicos podem abrir uma brecha para câncer, infecções letais e tuberculose.
Em 2008, a agência norte-americana para alimentação e medicamentos (FDA) anunciou que 45 pessoas que tomavam Humira, Enbrel, Humicade e Cimzia morreram por doenças causadas por fungos, e investigou a relação do Humira com linfoma, leucemia e melanoma em crianças. Esse ano, a FDA avisou que as drogas podedm causar “um raro tipo de câncer nas células sanguíneas brancas” em jovens, e o Journal of the American Medical Association (JAMA) advertiu o aparecimento de “infecções potencialmente fatais por legionela e listeria”.
Medicamentos que suprem o sistema imunológico também são perigosos para os bolsos. Uma injeção de Remicade pode custar US$ 2.500; o suprimento de um mês de Enbrel custa US$ 1.500; o custo anual do Humira é de US$ 20 mil.
Há alguns anos, a AR era diagnosticada com base na presença do “fator reumatóide” e inflamações. Mas, graças ao marketing guiado pela oferta da indústria farmacêutica, bastam hoje, para o diagnóstico, enrijecimento e dor. (Atletas e pessoas que nasceram entes de 1970, entrem na fila, por favor).
Além do espaço de manobra para o diagnóstico e um bom nome, a AR possui outros requisitos das doenças campeãs de vendas. “Só vai piorar” se não for tratada, diz WebMD, e é frequentemente “subdiagnosticada” e pouco relatada, diz Heather Mason, da Abbott, porque “as pessoas costumam não saber o que têm, por algum tempo”.
Uma doença tão perigosa que o tratamento custa US$20 mil por ano, mas que é tão súbita que você pode não saber que tem? AR desponta como uma doença da moda.

Fibromialgia
Outra doença pouco relatada é a fibromialgia, caracterizada dores generalizadas e inexplicadas no corpo. Fibromialgia é “quase a definição de uma necessidade médica não atendida”, diz Ian Read, da Pfizer, que fabrica a primeira droga aprovada para fibromialgia, o medicamento anticonvulsivo Lyrica. A Pfizer doou US$ 2,1 milhões a grupos sem fins lucrativos em 2008 para “educar” médicos sobre a fibromialgia e financiou anúncios de serviço da indústria farmacêutica que descreviam os sintomas e citavam a droga. Hoje, a Lyrica lucra US$ 3 bilhões por ano.

Mesmo assim, a Lyrica concorre com Cymbalta, o primeiro antidepressivo aprovado para fibromialgia. A Eli Lilly propôs o uso de Cymbalta para a “dor” física da depressão, em uma campanha chamada “depressão machuca” antes da aprovação do tratamento para fibromialgia. O tratamento de pacientes com fibromialgia com Lyrica ou Cymbalta custa cerca de US$10 mil, segundo diários médicos.
A indústria farmacêutica e Wall Street podem estar felizes com os medicamentos para fibromialgia, mas os pacientes não. No site de avaliação de medicamentos, askapatient.com, pacientes que usam Cymbalta relatam calafrios, problemas maxilares, “pings” elétricos em seus cérebros, e problemas nos olhos. Nesse ano, quatro pacientes relataram a vontade de se matar, um efeito colateral frequente do Cymbalta. Usuários de Lyrica relatam no askapatient perda de memória, confusão, ganho extremo de peso, queda de cabelo, capacidade de dirigir automóveis comprometida, desorientação, espasmos e outros ainda piores. Alguns pacientes tomam os dois medicamentos.

Disfunções do sono: Insônia no meio da noite
Disfunções do sono são uma mina de ouro para os laboratórios porque todo mundo dorme – ou assiste TV, quando não consegue. Para agitar o mercado de insônia, as corporações criaram subcategorias de insônia, como crônica, aguda, transitória, inicial, de início tardio, causada pela menopausa, e a grande categoria de sono não reparador. Nesse outono [primavera no hemisfério Sul], as apareceu uma nova versão do Ambien para insônia “no meio da noite”, chamado Intermezzo – ainda que Ambien seja, paradoxalmente, indutor de momentos conscientes durante o sono. As pessoas “acordam” em um blackout do Ambien e andam, falam, dirigem, fazem ligações e comem.
Muitos ficaram sabendo desse efeito do Ambien quando Patrick Kennedy, ex-parlamentar de Rhode Island, dirigiu até Capitol Hill para “votar” às 2h45min da manhã em 2006, sob efeito do remédio, e bateu seu Mustang. Mas foi comer sob o efeito do Ambien que trouxe a pior discussão sobre o medicamento. Pessoas em forma acordavam no meio de montanhas de embalagens de pizza, salgadinhos e sorvete – cujo conteúdo tinha sido comido pelos seus “gêmeos maus”, criados pelo remédio.

Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho
Não é preciso dizer: pessoas com insônia não estarão com os olhos brilhando e coradas no dia seguinte – tanto faz se elas não tiverem dormido, ou se tiverem, em seu corpo, resíduos de medicamentos para dormir. Na verdade, essas pessoas estão sofrendo da pouco reconhecida e pouco relatada epidemia da Sonolência Excessiva durante o Dia. As principais causas da SED são apnéia do sono e narcolepsia. Mas no ano passado, as corporações farmacêuticas sugeriram uma causa relacionada ao estilo de vida: “transtorno do sono por turno de trabalho”. Anúncios de Provigil, um estimulante que trata SED, junto com Nuvigil, mostram um juiz vestindo um roupão preto, no trabalho, com a frase “lutando para combater o nevoeiro?”.
Obviamente, agentes estimulantes contribuem com a insônia, que contribui com problemas de sonolência durante o dia, em um tipo de ciclo farmacêutico perpétuo. De fato, o hábito de tomar medicamentos para insônia e para ficar alerta é tão comum que ameaça a criação de um novo significado para “AA” – Adderal e Ambien.

Insônia que é depressão
Disfunções do sono também deram nova vida aos antidepressivos. Médicos agora prescrevem mais antidepressivos para insônia que medicamentos para insônia, de acordo com a CNN. É também comum que eles combinem os dois, já que “insônia e depressão frequentemente ocorrem conjuntamente, mas não fica claro qual é a causa e qual é o sintoma”.
WebMD concorda com o uso das duas drogas. “Pacientes deprimidos com insônia que são tratados com antidepressivos e remédios para dormir se saem melhor que aqueles tratados apenas com antidepressivos”, escreve.
De fato, muitas das novas doenças de massa, desde DDAH em adultos e AR até fibromialgia são tratadas com medicamentos novos junto com outros que já existiam e que não estão funcionando. É uma invenção das corporações polifarmácia. Isso lembra do dono de loja que diz “eu sei que 50% da minha propaganda é desperdiçada – só não sei qual 50%”.

*Martha Rosenberg escreve sobre o impacto das indústrias farmacêuticas, alimentícias e de armamentos na saúde pública.

(Outras Palavras)

fonte: Mercado ético